Kyoji Horiguchi recuperou o cinturão de campeão da categoria peso galo no Rizin 26. ( Créditos | Cortesia : @RIZINFF | Divulgação ).

Seguindo a tradição iniciada com o extinto Pride FC e depois com outras promoções na ‘terra do Sol Nascente’, os japoneses fecharam o ano com mais um grande show de artes marciais mistas e assim como faz desde 2015, o Rizin FF promoveu o seu espetacular evento anual de ‘réveillon’.

A principal franquia de MMA do Japão na atualidade promoveu um ‘card’ composto por um número astronômico de 16 lutas, sendo 13 lutas de MMA, 2 lutas de Kickboxing e 1 luta no formato das ‘Custom Rules Bout’ ( ou seja, “lutas com regras personalizadas” ).

O show esteve de acordo com os padrões estabelecidos pelo já citado Pride e isso refletiu nos números do televisionamento com 7,3% de audiência da Fuji TV, recuperando o mesmo nível do ano passado ou, segundo algumas outras fontes, até mesmo superando-o.

O Rizin 26 também marcou o retorno da companhia à Saitama Super Arena, em Saitama, no Japão. A capacidade de espectadores foi limitada devido às restrições impostas pela Covid-19, mas o evento atraiu um público de 9.908 pessoas.

Logo após o término do show foi anunciado que o Rizin 27 será realizado no Tokyo Dome em 14 de março, naquela que será a primeira vez em que o Rizin realizará um evento por lá, o que não acontece há cerca de 17 anos, desde a era Pride.

Não custa lembrar que alguns dos maiores eventos da história do MMA japonês aconteceram no Tokyo Dome, entre estes o Pride 1, Pride 4, Pride Grand Prix 2000, Pride Grand Prix 2000 Finals, Pride 17, Pride 23 e Pride Final Conflict 2003. Todos foram todos realizados no citado estádio de beisebol, que tem capacidade para 55.000 pessoas.

Se os regulamentos de distanciamento social ainda estiverem em vigor até março, pelo menos o Tokyo Dome permitirá que o Rizin venda um número maior de ingressos e atraia um público mais numeroso.

Quanto às lutas do dia 31 de dezembro, o ‘main event’ ( e portanto “evento principal” ) do Rizin 26 foi uma revanche válida pelo cinturão da categoria peso galo, que voltou para o japonês Kyoji Horiguchi. Ele encarou o compatriota Kai Asakura, que o derrotou em 2019 e conquistou o cinturão vago da categoria em agosto.

Já o ‘co-main event’ ( ou “evento co-principal” ) nos trouxe o invicto “astro” japonês do kickboxing, Tenshin Nasukawa. Agora dono de um “recorde” de 28-0 ele lutou o suficiente para dominar o veterano Kumandoi Phetjaroenvit ( 158 lutas ) e sair vencedor por decisão unânime.

Na antepenúltima luta da programação, Mikuru Asakura ganhou mais uma para a família, passadas apenas cinco semanas depois dele detonar Yutaka Saito, o qual venceu por decisão unânime ( no Rizin 25 ). Desta feita, ele nocauteou Satoshi Yamasu, um ex-campeão do DEEP.

Enquanto isso, a ‘lenda-viva’ do MMA japonês Takanori Gomi venceu o ‘Kickboxer’ Koji Tanaka por decisão majoritária.

Também digna de destaque foi a atuação de Ayaka Hamasaki que faturou o cinturão do peso átomo feminino ( até 49kg ) ao vencer Miyuu Yamamoto no primeiro round com uma técnica de finalização raramente usada : um estrangulamento tesoura.

Mas o momento mais aguardado da noite para o público brasileiro foi a luta do paulista Kleber Koike Erbst, ex-campeão da categoria peso pena do torneio polonês KSW, que finalizou Kyle Aguon, de Guam, em sua estreia pela franquia.

O ‘card’ também serviu de palco para a estreia no MMA do lutador olímpico Shinobu Ota e da jovem “sensação” do Kickboxing Ren Hiramoto.

 

Rizin 26
31 de dezembro de 2020
Saitama Super Arena
Saitama, Japão

 

Kyoji Horiguchi venceu Kai Asakura por nocaute técnico aos 2m48s do R1
Tenshin Nasukawa venceu Kumandoi Phetjaroenvit por decisão unânime
Mikuru Asakura venceu Satoshi Yamasu por nocaute técnico aos 4m20s do R1
Takanori Gomi venceu Koji Tanaka por decisão majoritária
Ayaka Hamasaki venceu Miyuu Yamamoto por finalização a 1m42s do R1
Naoki Inoue venceu Yuki Motoyo por finalização aos 3m00s do R1
Kleber Koike venceu Kyle Aguon por finalização aos 4m22s do R1
Kyohei Hagiwara venceu Ren Hiramoto por nocaute técnico a 1m29s do R2
Hideo Tokoro venceu Shinobu Ota por finalização aos 2m45s do R2
Yoshinari Nadaka venceu Petmalai Phetjaroenvit por nocaute técnico aos 2m20s do R1
Ulka Sasaki venceu Kenta Takizawa por decisão unânime
Kanna Asakura venceu Ai Shimizu por decisão unânime
Shibatar venceu Hiroya por finalização no R2
Kazuma Kuramoto venceu Taiyo Nakahara por nocaute aos 2m12s do R1
Tsuyoshi Sudario venceu Ikuhisa Minowa por nocaute técnico aos 3m19s do R1
Sakura Mori x Eru Takebayashi terminou em “No Contest”

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 03/01/2021

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