Olimpíadas devem renovar esperanças das pessoas. ( Créditos | Cortesia : ( C ) Gaijin News | ( C ) COI | Divulgação ).

O esporte sempre apresentou soluções para os problemas vivenciados pela humanidade e a realização das Olimpíadas este ano darão esperança às pessoas em todo o mundo, particularmente no que diz respeito à batalha contra o novo coronavírus.

Os Jogos Olímpicos haviam sido adiados em razão da pandemia da Covid-19 em 2020, mas foi remarcada para o período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.

Antes desse período – o início da pandemia – a Olimpíada foi vista no Japão como símbolo de recuperação para o país, um modo de superar uma histórica crise econômica, terremotos, tsunamis e o desastre nuclear de Fukushima, entre outros problemas.

Há o fator econômico pressionando para a sua realização – foram gastos mais de 100 bilhões de dólares – e também pressão diplomática. Como a China sediará a Olimpíada de Inverno de Pequim, em 2022, os japoneses não querem conceder aos seus ‘adversários históricos’ o direito de celebrar o primeiro grande encontro esportivo internacional depois da pandemia.

Os chineses, por sua vez, parecem imbuídos no “espírito” dos jogos. O Comitê Olímpico da China ofereceu doses de vacinas contra a Covid-19 aos participantes da Olimpíada de Tóquio.

Já aqui no Brasil foi decidido que todos os atletas que participarão das Olimpíadas e das Paralimpíadas de Tóquio serão vacinados, bem como os integrantes de comissões técnicas e colaboradores do Comitê Olímpico do Brasil. Este último reiterou, no entanto, que as vacinas não serão obrigatórias para os atletas que vão disputar as competições.

Outros países também colocaram os atletas no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19, como Bélgica, Espanha, Nova Zelândia, Alemanha, México.

Mesmo que o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, tenha sugerido – também – que a vacinação contra a COVID-19 não seja obrigatória para a participação dos atletas nas competições, a medida ainda deverá fazer parte do rígido protocolo sanitário para a realização dos jogos.

Entre estas medidas de segurança está a prometida “bolha”, em que atletas não poderão socializar fora da vila olímpica, sendo rastreados por um aplicativo de celular.

Além disso, o comitê organizador deverá reservar um edifício inteiro de hotel localizado a alguns quilômetros de distância da vila dos atletas em Tóquio.
Os atletas com sintomas ‘brandos’ de Covid-19, ou assintomáticos, serão colocados em quarentena em quartos de hotel pelo período de dez dias. A iniciativa deve custar centenas de milhões de ienes para a organização, que já lida com o prejuízo de não ter público durante os jogos.
Os organizadores das Olimpíadas no Japão também planejam preparar até 30 veículos especiais para a transferência dos atletas com o novo coronavírus para as instalações designadas.

Como se já não bastasse, os atletas participantes terão que encarar uma quarentena de 12 dias assim que chegarem no Japão para só então disputarem os jogos.

Mesmo com todos esses cuidados, o conceituado jornal ‘The New York Times’ classificou a competição como uma “opção antidemocrática”, porque contraria a vontade popular: pesquisas recentes indicam que mais de 80% da população japonesa não quer a realização da competição.
Já a pesquisa divulgada pela agência de notícias Kyodo no início de abril aponta que 35,3% pediram o cancelamento dos Jogos, enquanto 44% se disseram favoráveis a um novo adiamento. Ambas as opções foram rechaçadas pelos organizadores e pelo COI.

Por sua vez, alguns dos políticos do país tornaram públicas as razões pelas quais apoiam a realização dos jogos.

-“Há um século, os Jogos Olímpicos foram realizados em Antuérpia, na Bélgica, enquanto o mundo estava saindo de dois grandes eventos, em que milhões de pessoas morreram: a primeira guerra mundial e a gripe espanhola. Como o primeiro evento esportivo global a ser realizado após essas duas catástrofes, os Jogos de Antuérpia trouxeram esperança para muitas pessoas. Esperamos que as Olimpíadas de Tóquio enviem a mesma mensagem, restaurando a esperança das pessoas.”-afirmou governadora de Tóquio, Yuriko Koike, durante um pronunciamento no final do mês de abril.

A minha opinião pessoal é que os organizadores dos jogos poderão se beneficiar das experiências de muitos torneios internacionais que foram organizados recentemente. Como foram experiências de sucesso, acredito que estes poderão realizar os Jogos Olímpicos em um ambiente seguro.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 01/05/2021

Tokyo 2020 traz incertezas. No flagrante, uma mulher com máscara passa diante da ‘logo’ das Olimpíadas adiadas para este ano. ( Créditos | Cortesia : ( C ) Eugene Hoshiko | ( C ) COI | Divulgação ).

 

 

 

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