Wanderlei Silva é grato ao Grão-Mestre Evilázio Feitoza por ter lhe profissionalizado como lutador. No flagrante, ambos no 2º Meca World Vale Tudo, em 2000. ( Cortesia | Créditos : AP Evilázio Feitoza | Divulgação ).

Em meio ao mau humor causado em parte graças ao adiamento e / ou suspensão da maioria das competições de artes marciais mistas em alguns países pelo mundo, acredito que é chegada a hora de escrever sobre vários fatos relacionados ao desenvolvimento do MMA e, com isso, evitar divulgar apenas notícias sobre adiamento e cancelamento dos torneios, além dos eventos diários e novos prospectos do esporte, temas comumente abordados no mundo usual do MMA.

Por isso, pretendo dar continuidade à esta série abordando distintas promoções que experimentaram regras que acabaram por nos fornecer lições importantes, tornando-se tentativas memoráveis para moldar o desenvolvimento do esporte como o conhecemos hoje e iremos abordar esse tema nos próximos artigos dessa série.

Além disso, também destacaremos eventos de outras modalidades combativas, marcados por lutas no início da carreira de estrelas hoje consagradas no esporte, como é o caso da cobertura que agora apresento.

Trata-se do 1º Open Brasil de Kickboxing Estilo Livre, evento que aconteceu no dia 24 de junho de 1995 e teve lugar na Danceteria Toco, em São Paulo-SP, Brasil.

Realizado pelo Grão-Mestre Evilázio Feitoza, então representante da ISKA ( International Sport Kickboxing Association ), o torneio contava com lutas eliminatórias ( 1 round de 3 minutos; chaves por sorteio ) e finais ( 2 minutos por 1 de descanso ), cuja premiação totalizava R$ 3.500, 00 de bolsas ( R$ 700, 00 para o vencedor de cada categoria de peso ).

A premiação foi disputada por alguns dos melhores lutadores de Muay Thai, Kickboxing e Full Contact dos estados de São Paulo, Rio de janeiro, Paraná, Minas Gerais, Brasília, Mato Grosso e Maranhão, além da participação do campeão mundial Fernando Fernandes, de Portugal.

Destaque para os carecas de Curitiba, que impuseram um forte jogo de ‘clinches’ seguidos de joelhadas ( o forte deles ), além dos tradicionais chutes e socos.

Liderados por Rudimar Fedrigo, os atletas da Chute Boxe fizeram campeões em várias categorias de peso.

Umas das poucas exceções foi a categoria peso leve ( até 64 kg ), vencida por José Wilson Xavier, do Rio Grande do Norte, mas representando São Paulo, o já campeão brasileiro de Full Contact ( versão do Kickboxing em que só são válidos chutes da cintura para cima ) passou por nomes como Pablo Correia, Francisco “Lenhador” Almeida ( vencendo-os por pontos ) e Marco Antônio Conceição ( por nocaute, ainda no round inicial ), mesmo com apenas 2 meses de treinos no Kick ( onde também são permitidos os chutes baixos ).

Já o campeão no peso meio médio ( até 72 kg ), foi a ‘fera’ de São Paulo, Isaul Marcos Soares, o “Torrão”, que inclusive, venceu o lutador da Chute Boxe, Sérgio Cunha ( já Campeão Brasileiro de Muay Thai nos anos de 92,93 e 94 ), entre outros, até conquistar o título.

Enquanto que na categoria meio pesado ( até 78 kg ), o campeão foi José Landy John’s, o “Pelé”, que venceu o campeão mundial Fernando Fernandes ( por pontos ) na final. Posteriormente, “Pelé” se tornaria campeão brasileiro de Free Style e também do lendário torneio IVC.

A categoria cruzador ( até 85 kg ) nos trouxe uma grata surpresa. Um certo Wanderley César da Silva, que acabaria se tornando campeão após vencer Eduardo de Oliveira Silva, Moisés Pinto e Márcio Castilho da Silva, todos por nocaute. Na ocasião, o ‘cachorro louco’ chamaria a atenção da mídia especializada pelo seu potencial, mostrando ter condições de representar o Brasil internacionalmente, com real brilho.

Wanderley é grato ao Grão-Mestre Evilázio Feitoza por ter lhe profissionalizado como lutador, pois até então, o curitibano não havia recebido nenhuma bolsa em dinheiro para lutar, como o mesmo deixou claro em algumas entrevistas concedidas à mídia geral e especializada.

Por fim, a categoria dos pesados ( acima de 86 kg ) foi vencida pelo paulista Marco Vinicius, da academia Combat Sport, após passar pelo atleta Fábio Piemonte, da Chute Boxe, na final.

Destaque para Ebenezer Fontes Braga, da Boxe Thai, que na virada do milênio lutaria em eventos do porte do K-1 e UFC, além do maranhense James Adler, que protagonizou confrontos antológicos de MMA no Rio de Janeiro diante de He-Man e Amaury Bitetti.

Realmente, o 1º Open Brasil de Kickboxing Estilo Livre foi um marco na história do esporte brasileiro e contribuiu para o engrandecimento das artes marciais e esportes de contato em nível nacional, além de projetar os lutadores participantes para o circuito internacional.

Agora, o Grão-Mestre Evilázio Feitoza deseja dar continuidade à sua missão e continuará ajudando muitos atletas a se profissionalizar, além de contribuir com o aperfeiçoamento técnico dos praticantes de artes marciais em geral.

É com esse objetivo que ele estará retornando ao Brasil em Novembro e Dezembro deste ano para mais uma série de seminários e graduações em Muay Thai / Kickboxing / MMA nos estados do Ceará e São Paulo.

Se você deseja levar o seminário de capacitação do Grão-Mestre Evilázio Feitoza para a sua cidade pode entrar em contato através das redes sociais, como o Instagram : @evilaziofightteam e WhatsApp : +1631 816 3633.

*Texto do colaborador Oriosvaldo Costa. | Escrito em 12/10/2020

Seminário em Barcelona, Espanha. O Grão-Mestre Evilázio Feitoza é requisitado constantemente para ministrar seminários de capacitação no Muay Thai / Kickboxing / MMA em todo o mundo. ( Cortesia | Créditos : AP Evilázio Feitoza | Divulgação ).
O Grão-Mestre Evilázio Feitoza ministra aulas nos Hamptons / Southampton, em New York, USA, e já está completamente adaptado ao estilo de vida dos norte-americanos. ( Cortesia | Créditos : AP Evilázio Feitoza | Divulgação ).

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